segunda-feira, 31 de maio de 2010

Uma questão de cultura!

Para exercer o poder existem duas culturas completamente opostas. De um lado o uso da força, do quero, posso e mando, que resultará sempre em impor algo a alguém, remetendo-nos para tempos e políticas remotas.
No extremo oposto, está a cultura do exemplo, da razão, ou seja, alguém que quando pretende algo, demonstra aos demais o caminho a seguir, e claro está, desta forma ninguém ousará contrariar, pois neste caso, aplica-se a velha máxima:
-"Se eu consegui, vocês também podem conseguir..."
Infelizmente, pelos mais variadíssimos motivos, a cultura do exemplo é algo muito difícil de encontrar, mas sem sombra de dúvida é a mais nobre e a que colhe os melhores resultados, no entanto, torna-se muito desgastante e está associada a pessoas inteligentes, ambiciosas (não gananciosas) e que muito prezam os valores da honra e da dignidade, cada vez mais em desuso.
A diferença entre estas duas culturas acima descritas mede-se pela motivação dos subordinados que a elas estão expostos. Escusado seria dizer que o trabalho desenvolvido por pessoas desmotivadas, oprimidas, pressionadas e sufocadas por questões burocráticas que poucas ou nenhumas mais valias trazem à produção, fica muito aquém daquele trabalho executado por alguém que sabe que é respeitado e que pertence verdadeiramente a uma equipa onde todos lutam pelo mesmo objectivo.
Actualmente é-nos dito constantemente e de uma forma bastante dramática que estamos em crise, e esta tem servido de álibi para aqueles que fazem da cultura da imposição o seu habitat natural.
Barbaridades do tipo:

-" Conforme as coisas estão, vocês ainda se queixam...";


-" Vai ser feito assim, porque eu quero que seja assim...";


-" Quem tu pensas que és aqui dentro para falares dessa maneira...";

Estes são apenas alguns chavões usados por aqueles que não conseguem colocarem-se do outro lado, e que por tal motivo, têm uma visão deturpada do mundo que os rodeia.
Basta!
Quem assume o poder, passa o tempo a exigir melhores qualificações aos seus funcionários, flexibilidade e polivalência em nome da preservação do posto de trabalho, tudo isto parece-me bem, só que eu julgo ter o direito de exigir o mesmo a quem tem a difícil tarefa, mas quase sempre muito bem paga, de assumir o comando.

3 comentários:

  1. Este tema remete-me para a diferença entre um chefe e um lider. Todos deviam ser apenas este ultimo.

    O líder é capaz de inspirar os outros e é admirado no geral. Quando chama alguém para os corrigir, faz isso, sem humilhar. Ele orienta sem diminuir os outros. Já o chefe não, é o oposto. Tem prazer em exercer o poder sobre os outros pois gosta de dominar.
    Seria uma pessoa que eu bania do dicionário se pudesse ehehehhe mas infelizmente vemos esses chefes ao vivo, grrrrrrrrrrr

    LIDER
    É aquela pessoa que utiliza a condição que tem para fazer uma empresa crescer”.

    A genealidade dele, não está em obter conquistas pessoais, mas em libertar o talento de outras pessoas.

    ver mais em: http://www.institutomvc.com.br/costacurta/artjab03Lideran%C3%A7a.htm

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  2. O problema é que alguns desses "artistas" chegam a esses cargos de poder ou por cunhas dos amigos ou pisando os outros, raramente é pela sua competência, logo seria impossivel liderar pelo exemplo.

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  3. Nenhum chefe é líder, porque ser líder é ter outra dimensão como ser humano. Ao chefe falta grandeza para entender e perceber que a vida não é feita apenas de certos ou errados, de brancos ou pretos, pois sua beleza está justamente nas nuances de cores e na riqueza de suas variações.

    O poder do chefe reside no cargo; o poder do líder reside nele mesmo - o que significa que para o exercício da liderança não se faz absolutamente necessário Ter cargo, basta Ser. O poder que se confere ao chefe tem sua origem na hierarquia e mete medo nas pessoas.

    Boas Companheiros

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